As receitas eletrónicas chegaram às prisões e estão ao dispor de 140 médicos que trabalham no setor prisional, anunciaram os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.
O presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, Henrique Martins, disse à agência “Lusa” que as prisões eram o único setor que ainda usavam só receitas em papel, mas que agora se passou a usar o mesmo sistema informático que serve todo o Serviço Nacional de Saúde.
Em cinco dias, foram emitidas 238 receitas sem papel a 119 reclusos de vários estabelecimentos prisionais.
«É preciso distinguir que é um cenário diferente do habitual», salientou, uma vez que as receitas eletrónicas são enviadas por correio eletrónico ou para um telemóvel usado pela instituição, como o da farmácia da prisão, uma vez que os reclusos não podem ter telemóveis próprios. As guias de tratamento podem ser enviadas da mesma forma.
A chegada da prescrição eletrónica significa que os serviços de saúde do Ministério da Justiça poderão ter «uma outra perceção do uso de medicamentos», salientou, referindo que «esta população está fortemente medicada», sobretudo para questões de saúde mental.
A prescrição eletrónica nas prisões resulta de um protocolo entre os ministérios da Saúde e da Justiça, que vão também colaborar para levar o registo eletrónico aos serviços hospitalares prisionais, também partilhando o sistema informático com o resto dos hospitais.