Recolha de fármacos para famílias carenciadas nas farmácias da Póvoa de Varzim 06 de Fevereiro de 2015 Várias farmácias da Póvoa de Varzim vão promover, entre 12 e 14 de fevereiro, uma recolha de medicamentos, não sujeitos a receita médica, que serão, depois, entregues a famílias carenciadas. A iniciativa, promovida pelo Gabinete de Urgência Social (GUS) da Junta de Freguesia da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai, está inserida no Banco Farmacêutico, que se assemelha ao Banco Alimentar, e realiza-se pela primeira vez no norte do país. O projeto decorre em sete farmácias aderentes, onde estarão dois voluntários que vão abordar os clientes e explicar a iniciativa, e farmacêuticos que irão dispor de uma lista de medicamentos, não sujeitos a receita médica. Liliana Strecht, coordenadora do GUS, contou que o material recolhido será depois entregue a famílias carenciadas já sinalizadas pelo gabinete: «As dádivas ficam connosco e depois são entregues consoante a prescrição passada pelo médico de família», citou a agência “Lusa”. A coordenadora do Gabinete acredita que o projeto «será uma grande ajuda», lembrando: «a Aspirina é tomada por imensos utentes e vamos ajudar muitas pessoas com cardiopatias, assim como um paracetamol para crianças ou idosos». A recolha vai decorrer nos dias 12, 13, de tarde, e no dia e 14 de fevereiro (Dia Internacional do Banco Farmacêutico), de manhã, nas farmácias Faria, Central, Nova, Mariadeira, Portas do Parque, Cardoso, e Campo e Salvador). Paula Sá, diretora técnica da Farmácia da Mariadeira, revelou que não hesitou em apoiar o projeto, que considerou ser «uma boa iniciativa e que vai ajudar quem precisa». Todas as farmácias aderentes têm de pagar uma verba de 40 euros, para contrariar a ideia de que participam com vista aos lucros. Paula Sá garantiu que está tudo preparado: «Os farmacêuticos já conhecem a lista e estão preparados». Também Sofia Pires, diretora técnica da Farmácia Central, apontou a vertente solidária como o motivo da participação, explicando: «Estamos muito próximos da comunidade e sentimos que devemos ajudar e colaborar. Temos acompanhado as dificuldades das famílias, notamos que os utentes perderam poder de compra e nós temos que ajudar». O presidente da Junta de freguesia, Daniel Bernardo, está confiante no sucesso da iniciativa, defendendo: «os poveiros já deram provas que são solidários e por isso acredito que vai correr bem. É preciso ver que hoje há pessoas que optam por medicamentos ou medicação e por isso faz todo o sentido uma ação destas». O projeto Banco Farmacêutico surgiu em Itália, em 2000 e chegou a Portugal em 2009. Atualmente está implementado em Lisboa. O objetivo é ajudar as pessoas mais carenciadas através do fornecimento de medicamentos não sujeitos a receita médica, em colaboração com as realidades assistenciais. |