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Reformas antecipadas por doenças reumáticas custam mais de 900 milhões/ano

06 de Maio de 2016

As reformas antecipadas por doenças reumáticas custam mais de 900 milhões de euros por ano, segundo um estudo apresentado no XVIII Congresso Português de Reumatologia.

A análise foi feita com base nos dados recolhidos pelo primeiro estudo epidemiológico nacional – o EpiReumaPt -, que abrangeu mais de 10 mil inquiridos, e os principais resultados foram divulgados ontem no congresso que decorre em Vilamoura, no Algarve.

Nesta investigação foram analisados os portugueses entre os 50 e os 65 anos, que representavam quase 30% do total de 10,6 mil inquiridos no EpiReumaPt.

Segundo dados a que a agência “Lusa” teve acesso, as mulheres são quem mais contribui para os 900 milhões de euros de custos indiretos com reformas antecipadas por doenças reumáticas, representando 84%, ou seja, 766 milhões de euros.

Tendo em conta estes valores, per capita, as mulheres representam um custo de 822 euros enquanto os homens representam 187 euros.

O estudo concluiu que a maior parte dos doentes (quase 40%) vive na região de Lisboa e Vale do Tejo, representando 356 milhões de euros de custos indiretos anuais em reformas antecipadas.

Já a região do Algarve apresentou os níveis mais reduzidos, contribuindo com 15 milhões de euros.

A Sociedade Portuguesa de Reumatologia tem alertado para a carência da prestação de cuidados adequados a doentes reumáticos nalgumas áreas do País.

Aquela entidade defende que a abertura de quadros médicos de reumatologia em várias unidades de saúde poderá diminuir os custos das doenças reumáticas, que são uma das principais causas de absentismo laboral.