Reino Unido revela esquema para acesso acelerado aos medicamentos para tratar doenças graves 18-Mar-2014 Um esquema divulgado pelo governo britânico tem como finalidade acelerar o acesso a medicamentos inovadores destinados ao tratamento de doenças graves, permitindo aos médicos prescrever os fármacos após uma avaliação científica inicial por parte da Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency (MHRA). O referido esquema, designado Early Acess to Medicines, que será financiado por empresas farmacêuticas e lançado em abril. Para obterem este estatuto, os fármacos devem ter vários anos de dados clínicos que indiquem que são promissores e inovadores e sujeitos a avaliação pela MHRA sobre os seus benefícios e riscos. Os candidatos terão de provar que são eficazes e suficientemente seguros para se qualificar como fast-track. De acordo com o “Firstword”, a agência britânica estima que uma ou duas terapêuticas poderão ser selecionadas no âmbito deste esquema a cada ano, apesar de alguns especialistas na área da Indústria considerarem que poderão ser mais. O secretário da Saúde britânico, Jeremy Hunt, afirmou que «o que os pacientes por vezes desejam é experimentar fármacos que apesar de ainda não terem provas clínicas da sua eficácia, são clinicamente seguros», assinalando que «estamos a agilizar esse processo para que os medicamentos possam ser utilizados mais cedo, em especial se tiverem essa promessa inicial». Hun acrescentou que este esquema, que foi inspirado na designação criada pela Food and Drug Administration, vai impulsionar o investimento na pesquisa médica ao encurtar a duração do desenvolvimento de fármacos. Paul Catchpole, diretor do departamento de Valor e Acesso da Association of the British Pharmaceutical Industry (ABPI), considera que este esquema «vai beneficiar os pacientes, o NHS e a comunidade de pesquisa médica». O responsável apontou que «a recolha de dados adicionais e demonstração durante o período de tempo em que os medicamentos estão disponíveis antes de serem lançados são muito bem-vindas», acrescentando que «têm potencial para auxiliar o NICE e outros organismos de avaliação das tecnologias da saúde… podendo resultar num acesso mais rápido a medicamentos licenciados para os pacientes do NHS». No entanto, manifestou preocupação por as empresas poderem não ser reembolsadas ao abrigo deste esquema», o que constitui um problema para algumas companhias. Catchpole defendeu que a ABPI vai pedir que este programa seja reavaliado um ano depois de entrar em vigor para que as opções de financiamento serem revistas. |