Relatório: CEO da Shire diz que propostas da AbbVie impediram empresa de perseguir «grandes oportunidades»
1 de julho de 2014
Fleming Ornskovk, CEO da Shire, declarou, segundo o “Wall Street Journal”, que as recentes ofertas não solicitadas por parte da AbbVie «travaram-nos» de perseguir «uma série de grandes oportunidades».
O responsável disse que as regras de aquisição no Reino Unido dão à AbbVie a possibilidade de fazer uma nova proposta até ao dia 18 de julho, ou abandonar a candidatura durante vários meses, mas também impedem a Shire de fazer negócios que valham mais de 10% do seu valor de mercado, ou seja, cerca de 4.5 mil milhões de dólares antes dessa data.
Ornskov indicou que passou os últimos dias nos EUA com investidores e empresas com interesse para a Shire, assinalando que não se tinha aproximado de potenciais compradores, citou o “Firstword”.
A AbbVie fez três ofertas pela Shire desde o início de maio, mas todas foram rejeitadas, apesar de algumas fontes terem adiantado que poderá existir uma quarta proposta.
No início deste mês, a Shire manifestou o desejo de permanecer independente, estimando que espera obter receitas para crescer para os 6.5 mil milhões de dólares até 2016 e para os 10 mil milhões de dólares até 2020, acima dos 4.8 mil milhões de dólares alcançados no ano passado. Entretanto, a AbbVie afirmou que uma fusão poderia «acelerar o crescimento e a rentabilidade» através da expertise das companhias nas áreas gastrointestinal, neurociências e medicamentos para cancros raros. No entanto, Ornskov sugeriu que «a principal razão estratégica [para a AbbVie] são os benefícios fiscais e que qualquer sobreposição estaria limitada às doenças gastrointestinais. Especulações recentes sugerem que a Shire pode ser um alvo para a Allergan, empresa que também está a lutar contra os esforços de aquisição por parte da Valeant Pharmaceuticals, ao passo que outro relatório identificou a Bristol-Myers Squibb e a Pfizer como potenciais interessadas pela empresa irlandesa.
