Um novo relatório da Federação Internacional Farmacêutica (FIP) oferece e promove uma visão abrangente e representativa de como o papel dos farmacêuticos na vacinação evoluiu até à data. O relatório Leveraging pharmacy to deliver life-course vaccination baseia-se numa nova pesquisa de 73 países e integra evidências recolhidas pela Federação em 2016, 2019/20 e 2022, proporcionando uma imagem abrangente em 120 países e territórios.
“A vacinação em farmácias agora é autorizada em pelo menos 56 países, com 22 países identificados que permitem esses serviços desde 2020. A imunização contra doenças transmissíveis que podem ser prevenidas por vacinas não só reduz a morbidade e mortalidade, como também diminui a pressão sobre os sistemas de saúde. É um contributo importante para a cobertura universal de saúde”, disse Ian Bates, diretor do Observatório Farmacêutico Global da FIP.
O novo relatório da FIP apresenta descobertas sobre uma variedade de esquemas de imunização liderados por farmacêuticos, incluindo atividades de defesa, estruturas regulatórias, administração e prescrição de vacinas, formação e certificação, manutenção de registos de vacinação, reembolso por serviços de vacinação e satisfação pública, havendo ainda destaque para os desafios na expansão do serviço. O relatório é acompanhado por um atlas online global que oferece aos utilizadores uma forma interativa de explorar o progresso e o estado dos papéis dos farmacêuticos nos serviços de vacinação.
O relatório destaca, por exemplo, que em 26 países (49%) os farmacêuticos estão agora autorizados a prescrever certas vacinas para administração, em comparação com apenas sete países em 2020. Além disso, 64 países relataram acesso a formação em vacinação para farmacêuticos, em comparação com 12 em 2016. “Este trabalho faz parte do projeto de vigilância contínua da vacinação da FIP, que tem como objetivo monitorizar os papéis farmacêuticos na saúde pública em programas de imunização. Isso é essencial para fornecer as evidências necessárias para apoiar os membros da FIP e fazer lobby para uma expansão do papel dos farmacêuticos na vacinação”, frisou Ian Bates.