Relatório de inspeção aos Serviços Farmacêuticos do IPO de Lisboa concluído 459

O relatório de inspeção aos Serviços Farmacêuticos do IPO de Lisboa realizado pelo Infarmed aponta 14 não-conformidades classificadas como críticas, dez das quais referentes às condições de trabalho, pressões, humidades e temperaturas.

As principais conclusões do relatório foram divulgadas pela ex-diretora dos Serviços Farmacêuticos do IPO de Lisboa Rute Varela, que se demitiu alegando escassez de meios, na Comissão de Saúde, onde foi ouvida a pedido do BE “sobre a situação de falta de recursos que levou à entrega de escusa de responsabilidades por parte de vários profissionais”, cita a Lusa.

“O relatório chegou ontem [terça-feira] e posso dizer que temos 14 não-conformidades críticas, das quais dez são referentes às condições de trabalho, pressões, humidades e temperaturas e 34 são não-conformidades maiores, também a grande maioria referentes às condições da unidade, e seis que são referentes à documentação”, revelou.

A presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO de Lisboa), Eva Falcão, disse na Comissão de Saúde, onde foi ouvida antes de Rute Varela, que o relatório foi enviado na terça-feira, às 21:00.

“Alguns pontos são-nos apresentados como tendo de ser resolvidos em dez dias”, disse Eva Falcão, ressalvando que não leu “o relatório na íntegra” e que tem de “o ler e debater com o novo diretor” dos Serviços Farmacêuticos.

Adiantou que o relatório está dividido em duas partes: “Na primeira teremos de dar uma resposta em dez dias, num conjunto de outros aspetos teremos 30 dias para responder. Estudá-lo-emos e faremos, obviamente, aquilo que for necessário para colmatar os problemas”.

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A presidente do IPO de Lisboa adiantou que “na parte” que mais preocupava, relacionada com a sala de preparação de estéreis, será possível “ultrapassar algumas questões de diferencial de pressão” com um contentor “altamente especializado”, onde irá ser realizada a atividade enquanto estiver a ser reparado “o que há reparar”.

O relatório do Infarmed foi realizado depois de o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Hélder Mota Filipe, ter pedido em outubro a intervenção da autoridade nacional do medicamento para garantir o cumprimento de boas práticas na preparação de medicamentos no IPO de Lisboa, depois de ter recebido pedidos de escusa de todos os farmacêuticos da instituição.