Relatório: Vigilância sanitária contribui para «melhoria significativa da qualidade das praias» 12-Mar-2014 A vigilância sanitária de 149 zonas balneares da região de Lisboa e Vale do Tejo contribuiu para a «melhoria significativa» da qualidade das praias, realça um relatório divulgado ontem pela Administração Regional de Saúde. O relatório das atividades realizadas entre 15 de maio e 30 de setembro de 2013 no âmbito do Programa de Vigilância Sanitária das Zonas Balneares sublinha que nenhuma das 149 praias da região de Lisboa e Vale do Tejo vigiadas foi interditada nem nenhuma das 48 bandeiras azuis foi retirada. O documento realça o contributo da vigilância realizada para a «melhoria significativa da qualidade das praias», que se traduziu na atribuição de 48 bandeiras azuis das 52 candidatas. Por outro lado, destaca o papel do programa no potenciar das sinergias entre as várias entidades envolvidas, «o que se traduz numa eficaz gestão do risco e proteção da saúde dos utilizadores». Para António Tavares, delegado regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, citado na nota, estes fatores são «decisivos para a manutenção dos ganhos em saúde alcançados», pois «a qualidade das zonas balneares da região é substancialmente melhor». No que toca a situações de risco para a saúde, o programa permitiu detetar um incumprimento dos limites estabelecidos relativamente ao parâmetro Escherichia coli na praia de Molhe Leste do concelho de Peniche. Por outro lado, no início de julho «ocorreram diversas queixas de prurido e reações urticariformes» em utilizadores da água das praias dos concelhos de Oeiras (Carcavelos e Santo Amaro de Oeiras), de Cascais (Conceição e S. Pedro do Estoril) e de Almada (CDS, Tarquínio, Fonte da Telha e S. João), que deram origem a inquéritos epidemiológicos pelas respetivas Autoridades de Saúde em todas as praias envolvidas. Segundo a “Lusa”, o relatório lembra que o Departamento de Saúde Pública contactou os hospitais de referência, emitiu seis comunicados destinados às capitanias dos portos de Lisboa, Cascais e Setúbal e enviou várias notas à imprensa desaconselhando o banho a grupos vulneráveis e disponibilizando informação no Site sobre quais as medidas a tomar. O Programa de Vigilância Sanitária das Zonas Balneares abrange as áreas Geodemográficas de Lisboa e Oeste, Santarém e Setúbal, e o levantamento de informação foi feito nas zonas balneares identificadas, zonas balneares em estudo e em locais sem identificação balnear, adianta o relatório. Em curso desde 2009, o programa insere-se nas competências do Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), no âmbito do desenvolvimento de ações de vigilância sanitária, epidemiológica e avaliação do risco para a saúde resultante da prática balnear. Com o objetivo de caracterizar as zonas balneares, identificar as fontes de poluição das praias, proceder à colheita de amostras de água para análise (se aplicável), avaliar qualitativamente a água e avaliar as zonas envolventes, o programa envolve as várias estruturas da ARSLVT, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e os Comandos das Capitanias. António Tavares afirmou que este ano se vai manter a vigilância e o controlo higiossanitário dos apoios de praia das áreas abrangidas pelo programa Bandeira Azul. |