Remédio Santo: Ministério Público pede penas efetivas de prisão para 15 dos arguidos
4 de julho de 2014
O Ministério Público (MP) pediu ontem penas de prisão efetivas para 15 dos 18 arguidos do processo Remédio Santo, acusados de associação criminosa e de burlar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), em quatro milhões de euros.
Os arguidos são suspeitos de pertencerem a uma alegada rede criminosa, composta por grupos do Norte e do Centro/Sul, a qual terá levado a cabo um suposto esquema de uso fraudulento de receitas, que terá lesado o SNS em cerca de quatro milhões de euros, valor reclamado pelo Estado no pedido de indemnização civil.
No segundo dia de alegações, que decorrem no Tribunal de Monsanto, em Lisboa, o procurador do MP, João Paulo Rodrigues, deu como provado, no essencial, a acusação e os crimes pelos quais os arguidos estão a ser julgados.
O magistrado defendeu «penas exemplares» para os arguidos, na sua maioria «superiores a cinco anos de prisão» efetiva, citou a “Lusa”.
Entre os 18 envolvidos na suposta fraude, que durava pelo menos desde 2009, estão seis médicos, dois farmacêuticos, sete delegados de informação médica, uma esteticista (ex-delegada de ação médica), um empresário brasileiro e um comerciante de pão.