República Democrática do Congo autoriza testes de vacina contra o Ébola 1080

República Democrática do Congo autoriza testes de vacina contra o Ébola

 


30 de maio de 2017

O governo da República Democrática do Congo (RDC) autorizou testes de vacina contra o vírus do Ébola no país, onde este mês foi declarada uma nova epidemia da doença, disse fonte governamental à “Agência France-Presse” (AFP).

«A RDC aceita a utilização de vacinas contra o vírus do Ébola. Nos últimos dias, o governo deu um aviso de não-objeção que autoriza que sejam administradas no território congolês vacinas para combater o vírus do Ébola», afirmou um responsável do ministério da Saúde congolês à AFP.

«Esperamos dos parceiros um plano operacional que determine o que fazer em concreto, em que áreas geográficas se poderá vacinar», acrescentou, pedindo anonimato.

Uma «decisão definitiva sobre a execução do plano será divulgada nas próximas 24 horas, após consultas», acrescentou.

Ainda que não haja uma vacina homologada, a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou, a 18 de maio, sete dias após a declaração da epidemia do vírus do Ébola pelas autoridades, que havia uma vacina promissora cujas reservas poderiam ser enviadas em poucos dias para a RDC.

A 19 de maio, investigadores nos Estados Unidos anunciaram a descoberta de um anticorpo que neutraliza as três principais estirpes do vírus do Ébola.

As autoridades congolesas anunciaram a 12 de maio que o país enfrentava a oitava epidemia de Ébola, depois da descoberta deste vírus no país em 1976.

A doença foi detetada numa zona isolada de Bas-Uélé, na região nordeste, a cerca de 1.300 quilómetros de Kinshasa.

Até agora, foram confirmados dois casos em laboratório e 18 outros são suspeitos, de acordo com a OMS.

A febre hemorrágica provocada por este vírus é altamente contagiosa e a duração da incubação do Ébola é de 21 dias.

No total, morreram três pessoas. Este é o primeiro surto de Ébola desde a epidemia que atingiu a África Ocidental entre o final de 2013 e 2016, causando mais de 11.300 mortos em cerca de 29 mil casos detetados, mais de 99% na Guiné, na Libéria e na Serra Leoa.