No mês de sensibilização para a doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), a associação RESPIRA, em colaboração com a AstraZeneca, lançam o folheto ‘Tolerância Zero às Exacerbações’ que, além de informação sobre a doença, tem um questionário dirigido ao doente para que possa perceber se no último ano teve uma exacerbação e partilhar essa informação com o seu médico assistente.
O folheto conta com o apoio da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP).
“O grande objetivo desta iniciativa é aumentar o nível de conhecimento dos doentes sobre as exacerbações que, dependendo da sua gravidade, podem mesmo obrigar ao internamento, tendo um grande impacto na qualidade de vida do doente e até no prognóstico da doença”, esclarece José Albino, presidente da RESPIRA, através de um comunicado, acrescentando que “estamos a falar de situações que podem aumentar o risco de morte, pelo que é essencial que o doente as saiba prevenir e identificar e ainda que partilhe essas situações com o seu médico para que possa receber os cuidados de saúde adequados”.
O material informativo, disponibilizado no site da RESPIRA, é composto por um questionário que permitirá ao médico dos cuidados de saúde primários, aquando da consulta, ‘avaliar’ e ter maior perceção da evolução da DPOC no seu doente, com base nas suas respostas.
As exacerbações
Podem ser conhecidas por crises, agudizações ou ataques do pulmão da DPOC, resultando no agravamento rápido dos sintomas, com impacto nos doentes, nos seus familiares e nos cuidados de saúde.
Os sintomas das exacerbações mais comuns são a sensação de falta de ar, ou pieira pior do que o habitual, aumento da tosse, mais cansaço e maior produção de expetoração.
De acordo com os dados mais recentes, mais de 36 milhões de europeus viviam com DPOC em 2020, estimando-se um aumento para os 49 milhões em 2050.