Rethinking Pharma: “Precisamos de mais inovação e agilidade” 613

Daniel Traça, professor na Nova School of Business and Economics, defende que o setor empresarial português deve apostar na inovação e agilidade, como forma de colmatar lacunas e desenvolver um ambiente laboral com menos chefes e mais líderes.

“Perspetivas da economia portuguesa a médio e longo prazo”. Foi este o mote que marcou a primeira palestra do Rethinking Pharma 2023, pela mão do economista Daniel Traça, que destacou uma plateia cheia de “pessoas da Indústria Farmacêutica que podem fazer a diferença” na realidade nacional.

Portugal tem uma economia “que não está bem, que é frágil”, pelo que é necessária uma mudança de paradigma para fazer as organizações chegar longe. “O futuro não vai ser como o passado, e o passado das taxas de juro e inflação zero acabou”, as dívidas “vão começar a custar”, garantiu, ao lembrar que o nosso país conheceu um período semelhante economicamente nos anos 80, mas que hoje é necessário ter a inflação “sob controlo”.

De acordo com o especialista, a “cada hora que passa, um trabalhador português produz menos que” cidadãos de outros países com características semelhantes na Europa. “Somos o país com mais subqualificação em relação ao trabalho que desempenhamos”, referiu, ao apontar o dedo a uma “incapacidade das empresas em criar condições para estas qualificações”.

“Precisamos de mais internacionalização, inovação e agilidade”, assegurou, ilustrando um cenário onde, para lá de fortes exportações, existe “liberdade para as pessoas, é encorajada a criatividade”. O grande desafio do país, referiu, “é sermos menos chefes e mais líderes” com um “propósito muito forte”, o que permite às equipas “trabalhar por uma causa maior”.

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