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Rinite alérgica afeta 20 a 30% dos portugueses

14 de Maio de 2015

Estima-se que 20 a 30% da população portuguesa sofra de rinite alérgica, a doença alérgica mais comum no país, segundo Elisa Pedro, vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC).

Em declarações à “Lusa”, Elisa Pedro revelou que a prevalência deste tipo de alergia tem vindo a aumentar nas últimas décadas, uma situação justificada pela poluição atmosférica e mudanças no estilo de vida.

«Sabe-se que a poluição urbana altera a estrutura dos pólenes, facilitando a sua entrada nas vias aéreas e tornando-os mais alergénicos», afirmou a médica, que também é chefe do serviço de Imunoalergologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte – Hospital de Santa Maria.

De acordo com a vice-presidente da SPAIC, a rinite alérgica, apesar de não ser uma doença grave, «pode influenciar bastante a qualidade de vida dos doentes com interferência no rendimento escolar e laboral».

A alergia aos pólenes manifesta-se ainda através de asma (respiração), conjuntivite (olhos) e eczemas (pele). Cerca de 40% dos doentes com rinite alérgica têm também asma, enquanto 18% conjuntivite, segundo a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica.

A rinite alérgica é uma patologia inflamatória crónica, que se caracteriza por espirros, obstrução nasal, pingo no nariz e comichão.

Quanto a tratamentos, Carlos Nunes, diretor do Centro de Imunoalergologia do Algarve, destaca os anti-histamínicos via oral e anti-inflamatórios nasais, sublinhando ainda a «aplicação de vacinas anti-alérgicas».

Como forma de minimizar o problema, este médico alergologista aconselha a população a evitar atividades ao ar livre e manter as janelas das habitações e veículos fechadas quando a concentração de pólenes for elevada, assim como estar atento ao Boletim Polínico divulgado semanalmente pela Rede Portuguesa de Aerobiologia durante a primavera.