A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) iniciou uma revisão dos medicamentos com finasterida e dutasterida na sequência de preocupações relacionadas com comportamentos e pensamentos suicidas (ideação suicida).
Segundo explica a EMA, hoje, no seu portal, sabe-se que os fármacos com finasterida e dutasterida, tomados por via oral, têm um risco de efeitos secundários psiquiátricos, incluindo depressão. Não obstante, “a ideação suicida foi também recentemente acrescentada como um possível efeito secundário de frequência desconhecida na informação de produto de Propecia e Proscar, os dois primeiros medicamentos contendo finasterida autorizados em vários países da União Europeia (UE)”.
A EMA informa ainda que, para minimizar os riscos, já estão em vigor medidas direcionadas para medicamentos à base de finasterida, nomeadamente avisos na informação do produto para que os profissionais de saúde monitorizem os doentes relativamente a sintomas psiquiátricos e interrompam o tratamento se ocorrerem sintomas, assim como recomendações para que os doentes procurem aconselhamento médico se tiverem sintomas psiquiátricos.
Em que situações a finasterida e dutasterida são usadas
Os comprimidos contendo 1 mg de finasterida e as soluções de finasterida para aplicação na pele são utilizados, segundo a EMA, para tratar as fases iniciais da alopecia androgénica em homens com idades compreendidas entre os 18 e os 41 anos.
Já os comprimidos de 5 mg de finasterida e as cápsulas contendo 0,5 mg de dutasterida são usados no âmbito do tratamento de homens com hiperplasia benigna da próstata.