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Rui Rio alerta para «graves problemas» da Saúde em Portugal

 


16 de abril de 2018

O presidente do PSD alertou hoje em Coimbra para os «graves problemas» que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a atravessar, nomeadamente com o agravamento da dívida e com a ausência de investimento em equipamentos.

No início de uma semana dedicada ao setor da Saúde, Rui Rio visitou o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e ainda a Maternidade Bissaya Barreto, onde abordou com os jornalistas as «enormes dificuldades» que conheceu em Coimbra, pese embora também tenha tido oportunidade de visitar «serviços de excelência».

«A Saúde tem uma grave carência de pessoal: o Governo baixou as 40 horas para as 35 horas e, se há setores em que isso não é particularmente grave, na saúde, é. E isso hoje origina graves carências na prestação de serviços por falta de profissionais, sejam médicos, enfermeiros e auxiliares».

Por outro lado, Rui Rio apontou outros «graves problemas», como por exemplo o «agravamento das dívidas do SNS, que são dívida pública e que um dia terá de ser paga», e a «falta de investimento nos equipamentos, que são absolutamente fundamentais para diagnósticos corretos e tratamentos corretos».

O crescimento das dívidas da Saúde, «de muito elevado montante» e que gera «grave preocupação», foi matéria que Rui reforçou, assim como a «questão das listas de espera, que tem vindo a agravar-se».
Optando por não falar sobre outros temas da atualidade, para não desviar atenções e alertar o país para os problemas da Saúde, Rui Rio disse-se ainda defensor do SNS, uma «das grandes conquistas do 25 de abril».

Estas visitas, que passarão igualmente pelo Hospital S. João, no Porto – «não é só lá que há dificuldades” – têm a intenção de alertar também o Governo para «eliminar de forma mais célere» os problemas na Saúde.

Sobre um eventual pacto com o PS sobre este setor, Rui Rio disse que os «acordos têm sempre a ver com questões de ordem estrutural e não de governação”, mas que se o «PS, o CDS e os outros partidos quiserem conversar sobre alguma reforma de fundo no SNS”, o PSD «está disponível».

«Mas estes problemas derivam de má gestão, de um franco combate à racionalidade da despesa e ao desperdício em termos de despesa pública», sintetizou.

O presidente do PSD falou ainda da necessidade de se construir uma nova maternidade em Coimbra, que esteja mais próxima do Centro Hospitalar, e reconheceu ter visitado no CHUC serviços de grande qualidade, como a «Cardiologia ou o serviço do professor Manuel Antunes».

A nova maternidade em Coimbra permitirá que «Portugal continue a ter uma taxa de mortalidade infantil muito, muito baixa, das melhores do Mundo».