Sanofi anuncia primeiro medicamento semi-sintético contra a malária
13 de Agosto de 2014
A Sanofi anunciou ontem a entrega do primeiro medicamento contra a malária, que usa uma versão semi-sintética do ingrediente principal, a milhões de pacientes em África, sinalizando também «uma nova era» contra a doença.
A Sanofi disse que o desenvolvimento semi-sintético da artemisinina – a principal arma contra a malária – sinalizava «uma nova era» contra a doença que é propagada através das picadas de mosquitos.
A artemisinina é normalmente derivado de uma planta, mas as condições metereológicas podem afetar as colheitas, o que causa fortes variações no preço e frequentes falhas na distribuição.
De acordo com a Sanofi, foram feitos 1,7 milhões de tratamentos com a alternativa semi-sintética, que será enviada para o Burkina Faso, Burundi, República Democrática do Congo, Libéria, Niger e Nigéria nos próximos meses, no seguimento da luz verde dada pela Organização Mundial de Saúde em maio.
«Ao complementar a oferta de produtos de origem botânica, esta nova opção pode alargar o acesso ao tratamento de milhares de doentes com malária todos os anos», disse a empresa em comunicado, citada pela “Lusa”.
Segundo o último relatório da OMS sobre a malária, esta doença matou 627 mil pessoas em 2012, a maior parte crianças em África, havendo mais de 200 milhões de casos em todos o mundo.