Sanofi diversifica portefólio na área da diabetes, com terapia oral GLP-1 596

Sanofi diversifica portefólio na área da diabetes, com terapia oral GLP-1

19 de setembro de 2014

O responsável pela unidade de diabetes da Sanofi, Pierre Chancel, disse que a farmacêutica pretende acrescentar uma terapia oral GLP-1 ao seu portefólio, já que o fim da patente do Lantus (insulina glargina) se aproxima.

Esta decisão, noticiada pelo “FirstWord”, faz parte da estratégia do CEO Chris Viehbacher, desenvolvida para o segmento da diabetes, que combina medicamentos com tecnologia.

As atuais terapias GPL-1 são injetáveis e o Novo Dordisk tem um medicamento experimental, que se encontra numa fase intermédia de desenvolvimento. «É um dos nossos interesses estratégicos», disse Chancel, acrescentando que a Sanofi detém, no seu portefólio, um medicamento experimental oral GLP-1 «numa fase muito precoce».

O Lantus gerou 5,7 mil milhões de euros em vendas, no ano passado, mas vai perder a proteção da patente em 2015. Para combater isto, a Sanofi tem alargado a oferta na área da diabetes e nos mês passado concordou em adquirir os direitos globais da Afrezza, insulina inalada de ação rápida da MannKind. Em junho, a farmacêutica também anunciou uma colaboração com a Medtronic para desenvolver combinações de medicamentos e dispositivos e, ainda, cuidados de saúde para pacientes com diabetes tipo 2. Chancel disse que a aliança com a Medtronic transporta a abordagem da farmacêutica para outro nível, acrescentando que «nós estamos no início dos cuidados integrados, mas estamos, e isso fará uma enorme diferença».

No entanto, Chancel indicou que a Sanofi não planeia desenvolver um comprimido de insulina ou expandir -se para terapias de emagrecimento. No início deste mês, um painel consultivo da Food and Drug Administration aprovou a comercialização do liraglutide, análogo do GLP-1, da Novo Nordisk, sob o nome de Saxenda, para o combate da obesidade. «Nós não estamos a seguir o caminho da pura obesidade ou dos doentes obesos sem diabetes», afirmou Chancel, acrescentando que «existe um caminho de regulamentação, mas hoje não há nenhum trajeto de acesso», em termos de reembolso dessas terapias.