Sanofi e MedImmune colaboram num anticorpo monoclonal para prevenir doenças associadas ao VSR
23 de março de 2017
A Sanofi e a sua unidade de negócio global de vacinas Sanofi Pasteur anunciaram um acordo com a MedImmune, a unidade de I&D biológica global da AstraZeneca, para desenvolver e comercializar o anticorpo monoclonal MEDI8897 para a prevenção de doenças associadas ao vírus sincicial respiratório (VSR) em recém-nascidos e bebés.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças, o VSR é a causa mais comum de infeções respiratórias do trato inferior em crianças com menos de 1 ano de idade nos Estados Unidos da América (EUA) e no mundo. O MEDI8897 é um anticorpo monoclonal potente (mAb) que neutraliza o VSR ligando-se à proteína de fusão do VSR expressa nos viriões e células afetadas; foi projetado para ter uma longa semivida, sendo apenas necessária uma dose para toda a época de infeção por VSR. Está a ser desenvolvido para a imunização passiva da população infantil (bebés e recém-nascidos). O MEDI8897 está em fase de investigação num estudo clínico de fase IIb em bebés prematuros havendo planos para um estudo de fase III em bebés saudáveis nascidos de termo. O MEDI8897 recebeu a designação de fármaco de autorização prioritária por parte da FDA em 2015. «O VSR é considerado a mais importante indicação em falta no esquema de vacinação dos recém-nascidos», disse David Loew, vice- presidente executivo da Sanofi e diretor da Sanofi Pasteur, citado num comunicado. «Como um dos líderes globais em vacinação pediátrica, este acordo com a MedImmune faz todo o sentido para a Sanofi Pasteur. O VSR provoca surtos sazonais em todo o mundo, sendo predominante e mais grave entre as crianças mais jovens», acrescentou. «Estamos ansiosos por trabalhar com a MedImmune e oferecer uma solução para esta doença comum do trato respiratório inferiornuma altura em que os bebés se encontram mais vulneráveis». Sob os termos do acordo, a Sanofi Pasteur fará um pagamento adiantado de 120 milhões de euros e pagará até 495 milhões de euros nocumprimento de determinados desenvolvimentos e objetivos relacionados com as vendas. As duas empresas vão partilhar todos os custos e lucros equitativamente. A MedImmune vai continuar a liderar todas as atividades de desenvolvimento até à primeira aprovação e a AstraZeneca vai manter as atividades de fabrico do MEDI8897. A Sanofi Pasteur vai liderar as atividades de comercialização do MEDI8897.
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