Sanofi notifica autoridades norte-americanas sobre alegados atos de suborno no Médio Oriente e em África 09 de outubro de 2014 A Sanofi alertou o Departamento de Justiça e a Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos a respeito da realização de denúncias anónimas, acusando a empresa de atos de suborno no Médio Oriente e em África. «A Sanofi encara estas alegações com seriedade e não admite irregularidades cometidas por qualquer um dos nossos funcionários», comentou Dante Beccaria, responsável pela conformidade global da empresa. Segundo a Sanofi, as acusações são relativas a pagamentos indevidos realizados por funcionários da farmacêutica a médicos no Quénia e noutros países da África Oriental, para os incentivar a prescrever medicamentos da empresa, entre 2007 e 2012, avançou o “FirstWord”. A Sanofi afirmou ter contratado um escritório de advogados para investigar as denúncias. «A investigação está ainda em curso e deverá alongar-se dado que as acusações remontam a acontecimentos que ocorreram há sete anos», realçou a Sanofi, acrescentando que «nesta fase é muito cedo para avançar com conclusões». Várias farmacêuticas enfrentaram investigações semelhantes a esta. No mês passado, um tribunal chinês condenou a GlaxoSmithKline (GSK) ao pagamento de 477 milhões de dólares, depois de descobrir que a empresa subornava funcionários não-governamentais na China. A farmacêutica britânica enfrenta acusações semelhantes noutros mercados e é alvo de investigações da agência britânica Serious Fraud Office e do Departamento de Justiça dos EUA. Entretanto, a Alcon, a unidade de tratamentos oftalmológicos da Novartis, continua a investigar denúncias de má conduta, na China, realizadas no ano passado. Comentando as últimas notícias, Odile Rundquist, analista bancário do Helvea-Baader, realçou que o facto de as acusações serem relativas a mercados em África e no Médio Oriente, mais pequenos do que na China, o risco para as vendas e ganhos da Sanofi é menor do que o da GlaxoSmithKline. «Eu não estaria tão negativo, como em relação à GSK na China», acrescentou Rundquist. |