SARS-CoV-2: Linhagem BA.2.86 da variante Omicron continua a dominar 118

linhagem BA.2.86 da variante Omicron é dominante em Portugal desde a semana 44 de 2023, tendo apresentado uma tendência decrescente, relativa às semanas 36/2024 a 39/2024 (entre 2 e 29 de setembro), com uma frequência relativa de 80,15%. Circulam maioritariamente em Portugal a sua sublinhagem KP.3 e descendentes.

Estas são as conclusões, divulgadas ontem (08), do mais recente relatório sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal do Núcleo de Genómica e Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infeciosas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Até à data, foram analisadas 50.421 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 307 concelhos de Portugal.

 

A KP.3.1.1

Entre as sublinhagens, destaca-se, segundo o noticiado no portal do INSA, a KP.3.1.1, que apresentou também “uma tendência decrescente na sua frequência relativa, representando 49,6% das sequências analisadas entre as semanas 36/2024 a 39/2024. A sublinhagem KP.3 encontra-se na lista de variantes de interesse do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC)”.

 

A XEC

A linhagem recombinante XEC, recentemente incluída na lista de variantes sob monitorização pelo ECDC, foi detetada em Portugal pela primeira vez na semana 31/2024 (de 29 de julho a 4 de agosto).

Na última amostragem, apresentou, como refere o INSA, “uma tendência crescente na sua frequência relativa, totalizando 19.1% das sequências analisadas. Paralelamente, esta linhagem tem vindo a ser detetada em vários países, com tendência crescente a nível global”.

 

Monitorização do SARS-CoV-2

Desde abril de 2020 que o INSA tem vindo a desenvolver o ‘Estudo da diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19) em Portugal’, com o objetivo principal de determinar os perfis mutacionais do SARS-CoV-2 para identificação e monitorização de cadeias de transmissão do novo coronavírus, bem como identificação de novas introduções do vírus em Portugal.

Os resultados deste trabalho podem ser consultados aqui.