A linhagem BA.2.86 da variante Ómicron tem sido dominante em Portugal desde a semana 44 de 2023, após a sua primeira deteção na semana 33/2023. Dentro das suas linhagens, destaca-se a KP.3 (e suas sublinhagens), que tem sido dominante nas últimas semanas, mas que está a apresentar uma tendência decrescente, registando uma frequência relativa de 32,4% entre as semanas 44/2024 e 47/2024.
Estas são conclusões do mais recente relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal. Segundo o noticiado no portal do INSA, até à data, foram analisadas 50.537 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 307 concelhos de Portugal.
O INSA sublinha ainda que “a linhagem recombinante XEC da variante Omicron, resultado da recombinação entre duas sublinhagens da BA.2.86 (KS.1.1 e KP.3.3), foi recentemente incluída na lista de variantes sob monitorização do ECDC, tendo sido detetada em Portugal pela primeira vez na semana 31/2024 e, na última amostragem, apresentou uma tendência crescente na sua frequência relativa, tendo-se tornado dominante a partir da semana 44 de 2024, totalizando 64,7% das sequências analisadas entre as semanas 44/2024 e 47/2024″. Esta linhagem tem vindo a ser detetada em vários países, com tendência crescente a nível global.
O relatório
Desde abril de 2020 que o INSA tem vindo a desenvolver o ‘Estudo da diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19) em Portugal’, com o objetivo principal de determinar os perfis mutacionais do SARS-CoV-2 para identificação e monitorização de cadeias de transmissão do novo coronavírus, bem como identificação de novas introduções do vírus em Portugal.