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Saúde mental: Cuidados continuados avançam na atual legislatura

05 de dezembro de 2014

O secretário de Estado Adjunto da Saúde afirmou ontem que os Cuidados Continuados Integrados em Saúde Mental (CCISM) vão avançar ainda durante a atual legislatura, dando resposta a uma necessidade «sistematicamente anunciada e adiada», noticiou a “Lusa”.

A promessa foi deixada ontem durante a apresentação pública do relatório “Portugal – Saúde Mental em Números 2014”, que revela uma elevada prevalência de perturbações mentais em Portugal e alerta para a necessidade de criação de uma rede de cuidados continuados nesta área.

«Estou perfeitamente convicto de que será nesta legislatura que serão dados passos significativos com experiências duradouras na área dos cuidados continuados, e que ganhem a relevância que não puderam ter», disse Fernando Leal da Costa.

O relatório ontem apresentado considera «inevitável e premente falar nos CCISM (Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental), sistematicamente anunciados e adiados por conhecidos constrangimentos financeiros, com muitos a interrogarem-se se a situação presente não sai mais onerosa».

O documento lembra que o aumento do risco de dependência não é isento de custos para o Serviço Nacional de Saúde e acrescenta que neste contexto se registam «as declarações recentes da tutela de que, ainda em 2014, vão estar no terreno as primeiras tipologias de cuidados continuados de saúde mental».

«Prometemos que arranjaremos estruturas de cuidados continuados», afirmou ontem Leal da Costa.

O governante sublinhou também a importância dos cuidados comunitários para apoiar estes doentes, mas reconheceu o défice de cuidados ao nível de recursos humanos, bem como a dificuldade de gestão do património dos doentes internados.

Esta preocupação ganha mais volume com a prevalência total de perturbações mentais, reveladas no relatório e que levaram o diretor do serviço de psiquiatro do Centro Hospitalar Lisboa Norte, Daniel Sampaio, a considerar este um «problema de saúde pública da maior importância».

«É preciso uma resposta para este magno problema, que deveria ser uma prioridade nacional», frisou.