Seixal vai «cantar as Janeiras» ao ministro da Saúde para pedir novo hospital 03-Jan-2014 Iniciativa é uma forma de protesto contra o atraso na construção do equipamento, considerado prioritário em 2006. Depois de ter comemorado pela sexta vez o “Natal do Hospital” que ainda não existe, a população do Seixal vai agora «cantar as Janeiras» ao ministro da Saúde com rimas alusivas à necessidade de construir um hospital no concelho. Ao protesto, marcado para a próxima segunda-feira, juntam-se os habitantes de Almada e Sesimbra, que seriam também servidos pela nova unidade hospitalar. Em comunicado, a Câmara do Seixal diz que as populações dos três concelhos vão deslocar-se a partir das 15h30 às instalações do Ministério da Saúde, em Lisboa, para «cantar as Janeiras» a Paulo Macedo. «Serão também entregues as centenas de mensagens que os participantes na iniciativa Natal do Hospital no Seixal escreveram ao Sr. Ministro, uma vez que foi convidado para estar presente, mas não compareceu», acrescenta a nota citada pelo “Público”. O novo hospital, que iria servir cerca de 500 mil pessoas,foi considerado prioritário em 2006. Em agosto de 2009, a Câmara do Seixal assinou um acordo estratégico com o Governo, que reconhece a necessidade de construir um hospital complementar ao Garcia de Orta, situado em Almada. No ano seguinte, o Governo chegou mesmo a abrir um concurso público internacional para o projeto, estimando que o equipamento estivesse construído em 2012. No entanto, o processo nunca avançou. Desde 2009 que a Câmara do Seixal organiza o “Natal do Hospital”. A sexta edição aconteceu a 14 de dezembro, no cinema S. Vicente, na Aldeia de Paio Pires. Com a iniciativa da próxima segunda-feira a autarquia quer «celebrar o passado», numa alusão à decisão de construir o hospital, e «saudar a chegada do Novo Ano com a esperança que o ministro da Saúde possa anunciar a adjudicação do projeto de execução do hospital neste ano que agora se inicia», lê-se na nota. A Câmara do Seixal sublinha que o hospital Garcia de Orta está «completamente saturado e sem capacidade de resposta», pelo que a construção do hospital no Seixal é «urgente». |