O Serviço de Pediatria do Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (IPO Porto) participou num estudo internacional, que procurou compreender os efeitos da infeção por SARS-CoV-2 em crianças e adolescentes com cancro.
O estudo foi publicado no Lancet Oncology e incluiu 1.500 doentes oncológicos pediátricos de 131 instituições, em 45 países, que foram infetadas com o novo coronavírus entre abril de 2020 e fevereiro de 2021.
Os dados demonstraram que 20% das crianças e dos adolescentes com cancro, que contraíram o vírus SARS-CoV-2, tiveram sintomas com alguma gravidade. Segundo os autores, a mortalidade (4%) aconteceu numa proporção maior do que aquela que é relatada na literatura da população pediátrica geral (0.01-0,7%).
Além disso, o tratamento de cancro também foi afetado, já que 56% dos doentes alteraram as terapêuticas e cerca de 45% suspenderam a quimioterapia enquanto as infeções não fossem tratadas.
Estes dados podem ajudar a aumentar a “consciencialização de que crianças e os adolescentes com cancro apresentam alto risco de desenvolver COVID-19 com doença grave”.
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