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Setenta por cento dos tumores nos pulmões resultam do tabaco

27 de Abril de 2015

O Ministério da Saúde alertou que 70 por cento dos tumores nos pulmões são resultantes do tabaco, sublinhando assim a importância da decisão de proibição de fumar em todos os espaços públicos fechados.

O Conselho de Ministros aprovou, na quinta-feira, a revisão da lei do Tabaco, que prevê a proibição do cigarro eletrónico com nicotina e de fumar em todos os espaços públicos fechados.

Uma decisão destacada, na sexta-feira, em Terras de Bouro, pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, quando sublinhava a necessidade de investir cada vez mais na prevenção para combater o cancro.

Na altura, Paulo Macedo referiu, por lapso, que «7 a 8 por cento» dos tumores nos pulmões resultam do tabaco, uma informação entretanto corrigida pelo Ministério da Saúde, que esclareceu que a percentagem correta é de 70 por cento.

Segundo a proposta de alteração à lei do Tabaco, que transpõe duas diretivas da União Europeia, é determinada a proibição de fumar nas áreas com serviço em todos os estabelecimentos de restauração e de bebidas, incluindo-nos recintos de diversão, nos casinos, bingos, salas de jogos e outro tipo de recintos destinados a espetáculos de natureza não artística.

O ministro da Saúde lembrou que esta proposta acontece passados oito anos da lei vigente do tabaco, noticiou a “Lusa”.

Os três principais objetivos são proteger os cidadãos da exposição involuntária ao fumo, proteger os próprios fumadores e promover uma proteção adicional através de maior informação.
Assim, de acordo com o ministro, os maços de cigarros deixam de ter advertências em forma de texto e passam a ter imagens dissuasoras, serão eliminados aspetos de «natureza subjetiva» como a menção a «light» ou «suave», e os produtos de tabaco com aromas distintivos, por exemplo mentol, vão passar a ser proibidos.

Vai ser ainda reforçado o combate ao tráfico de tabaco e serão regulamentados os cigarros eletrónicos, com a proibição da sua venda através da internet.

A proposta de lei tem previsto um período de moratória de 5 anos, até 2020, para se adaptarem os espaços públicos que investiram em obras para serem espaços com fumo.