De acordo com um inquérito realizado pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), o consumo de tabaco tende a reduzir, mas continua a ser a segunda substância mais consumida pelos jovens.
O estudo foi realizado no Dia da Defesa Nacional de 2019, e foi direcionado aos jovens de 18 anos, com o objetivo de aferir comportamentos aditivos nos 12 meses anteriores ao inquérito. Esta é a 5ª edição deste inquérito, sempre realizado na mesma ocasião, de modo a haver uma comparabilidade de dados.
O estudo mostra que o tabaco é a segunda substância mais consumida pelos jovens, logo a seguir ao alcool, com metade dos inquiridos a declarar ser fumador.
Mas nota-se uma clara descida nesse consumo a nível nacional.
“Entre 2015 e 2019 a prevalência de consumo recente sofreu uma variação de 4 pontos percentuais (prevalência de 52% em 2015 e de 48% em 2019)”, indica o relatório deste inquérito.
O estudo mostra ainda que o Alentejo e o Centro são as regiões “que mais contrariam a tendência de descida do consumo de tabaco que se verifica a nível nacional”. São também aquelas “onde se verificam os maiores aumentos no consumo de álcool e drogas ilícitas”.
Relativamente às substância ilícitas, verificou-se que “um terço dos jovens já contactou com substâncias ilícitas, um quarto consumiu nos últimos 12 meses, sobretudo de forma ocasional (seis em cada 10 consumidores de cannabis consumiram em menos de 10 ocasiões por ano, por exemplo). Trata-se essencialmente de consumo de cannabis: nos últimos 12 meses, 28% dos jovens consumiram uma qualquer substância ilícita, 27% consumiram cannabis, 8% consumiram outras substâncias ilícitas (podendo ter consumido também cannabis) e 1% consumiu exclusivamente outras substâncias ilícitas”.
Este aumento do consumo desta substância é mais visível entre os jovens estudantes, nomeadamente os que frequentam o ensino superior.
Sobre o consumo de tranquilizantes e sedativos sem receita médica, o relatório indica que sete em cada 100 jovens já o fez pelo menos uma vida na vida e cinco em cada 100 nos últimos 12 meses, com uma prevalência superior junto das raparigas, mas a frequência do consumo é maioritariamente ocasional.
O estudo mostra “um consumo mais elevado” de “substâncias ilícitas no Algarve e de medicamentos na Região Autónoma dos Açores”.