Sindicato acusa Misericórdia de Lisboa de sobrecarregar enfermeiros com trabalho
11 de Agosto de 2014
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) acusou na sexta-feira a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) de sobrecarregar enfermeiros com trabalho, ao recusar substituir profissionais em caso de gravidez de risco ou licença de parentalidade.
Guadalupe Simões, dirigente do SEP, disse à agência “Lusa” que o provedor da SCML, Pedro Santana Lopes, se recusou a substituir duas enfermeiras da Mitra ausentes – uma por gravidez de risco e outra com licença de parentalidade – sobrecarregando os restantes três colegas, que «estão sistematicamente a trabalhar», sem folgas, para garantir turnos diários de 24 horas.
«A situação é tão curiosa quanto caricata, porquanto, se o pedido de substituição for devido a baixa por doença, é concedido», assinala o sindicato em comunicado.
A dirigente sindical apontou, ainda, que, em três lares – Casa de Repouso de Cascais, Casa de Santa Clara e Casa de Odivelas -, há dois enfermeiros, em vez de três, a assegurarem, sem folgas, dois turnos diários (manhã e tarde) de 14 horas.
Sem responder diretamente às acusações, a SCML, através da direção de comunicação, referiu à “Lusa” que, «se existir algum caso de carência, será imediatamente corrigido».
