O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e o Ministério da Saúde ainda não alcançaram acordo em negociações sobre questões laborais, depois de terem estado hoje reunidos cerca de cinco horas, adiando um possível entendimento a próxima segunda-feira.
“Ainda não chegamos a acordo. O Ministério, de facto, agora, depois da pausa, apresentou uma proposta ligeiramente melhorada, mas ainda insuficiente, nomeadamente para as categorias de entrada na carreira médica e para a nossa categoria intermédia, onde estão médicos já com muita experiência”, disse aos jornalistas, de acordo com a Lusa, o secretário-geral do SIM, à saída da reunião com a tutela.
Nuno Rodrigues reforçou que não haverá acordo, enquanto não chegarem a um “valor justo”.
“O Governo tem de fazer uma opção, e vai ter de ser uma opção política, quer ou não quer chegar a acordo com os médicos, se quer ou não quer que realmente o Serviço Nacional de Saúde [SNS] tenha médicos para o futuro”, afirmou.
Nuno Rodrigues, que havia anunciado inicialmente uma nova reunião para 30 de dezembro, disse que o encontro será já na próxima segunda-feira.
“No dia 23 de dezembro, teremos uma nova reunião em que esperamos que, finalmente, o Governo possa tomar essa decisão de apoio ao SNS, de fortalecimento do trabalho médico e esperamos que, nesse dia, possamos chegar a acordo”, salientou.
Ao início da tarde, o SIM adiantou que rejeitará a proposta de aumento salarial do Governo, apesar de ser superior aos 5% apresentados há duas semanas.
Sindicato de médicos recusa aceitar proposta salarial do Governo
“É superior aos 5 % e inferior aos 15%, portanto, bastante inferior aos 15%. Neste momento, nós não estamos em condições de aceitar, só aceitaremos um bom acordo, e, por isso, vamos aguardar”, disse aos jornalistas o secretário-geral do SIM, Nuno Rodrigues, durante uma pausa de cerca de 60 minutos nas negociações com a tutela.
O SIM e o Ministério da Saúde estiveram hoje reunidos desde as 10:30 para discutir a nova grelha salarial e as normas particulares, depois de na semana passada a força sindical ter dito que o entendimento com a tutela estava “muito perto”.