Sindicato dos Farmacêuticos avança para três dias de greve em maio
14 de maio de 2018 O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF) apresentou no Ministério da Saúde um pré-aviso de greve para os dias 28, 29 e 30 de maio, referindo que após negociações “nada foi feito” e que falta legislação essencial. «Passados 14 meses sobre o fim das negociações que permitiram a criação da Carreira Farmacêutica, oito meses sobre a sua publicação em Diário da República e dois meses sobre o término do prazo legal previsto para que toda a legislação acessória (Acordo Coletivo de Trabalho para os CIT, Avaliação de desempenho, Recrutamento e Progressão na carreira, Internato), necessária à sua regulamentação, fosse implementada, nada foi ainda feito», disse à “Lusa” Henrique Reguengo, presidente do SNF. Segundo o sindicalista os documentos que faltam negociar «são essenciais», considerando que sem a regulamentação acessória “nada funciona». «Como é que se pode resolver as questões da avaliação ou do internato se nada está regulamentando. Tudo o que permite a progressão de carreira funcionar não existe neste momento», salientou. O sindicalista acrescentou que tem efetuado diversos pedidos para se iniciar o processo, o que não aconteceu até ao momento. «O SNF teve conhecimento de que o Ministério da Saúde continua sem luz verde por parte do Ministério das Finanças para proceder a todo este processo», salientou. O SNF refere que a greve está convocada para os dias 28, 29 e 30 de maio, explicando que os serviços mínimos previstos na lei vão ser assegurados. «Esperamos uma adesão muito forte à greve, porque as pessoas tinham legítimas expectativas, depois das negociações, que as coisas funcionassem e depois verificaram que nada avança. É uma grande frustração e avançar para a greve é já uma posição de desespero, pois não temos mais mecanismo nenhum», disse Henrique Reguengo. O presidente do SNF salientou que o objetivo da greve é conseguir voltar à mesa das negociações, de modo a conseguir resolver os problemas. «Queremos negociar, mas as negociações não podem ser iguais. Não podem ser só promessas, queremos trabalho concreto, até porque não existe nenhum motivo para que a maioria dos diplomas não sejam resolvidos de forma célere», concluiu. |