Sindicato dos farmacêuticos reúne com ministra da Saúde 369

O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF), bem como dos médicos e enfermeiros, volta hoje a sentar-se à mesa com Ana Paula Martins, ministra da Saúde, para uma segunda reunião com a expectativa de que as negociações sobre a carreira possam avançar de forma rápida. A reunião com o SNF está marcada para as 15:30.

Esta será a segunda ronda de encontros com Ana Paula Martins, depois das reuniões que decorreram em 26 de abril, mas que, no caso dos enfermeiros, não foram suficientes para evitar a greve de 10 de maio que, de acordo com o sindicato que a convocou, registou uma adesão de 76,8%.

Após as “reuniões de apresentação” de abril, o Ministério da Saúde disse esperar que este novo processo negocial decorra numa base de boa-fé, compromisso e responsabilidade e que corresponda à expectativa dos profissionais “na medida do possível”.

O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF) considerou, na altura, que a ministra mostrou “uma boa recetividade” para solucionar os problemas desses profissionais que trabalham no SNS.

“Existe uma série de problemas que estavam sistematicamente a ser adiados e, pela primeira vez, pelo menos, pareceu-nos haver vontade efetiva de olhar para as coisas e de as tentar resolver de uma forma eficaz”, referiu o presidente do SNF, Henrique Reguengo, citado pela Lusa.

Médicos querem acordo até final do ano

As estruturas sindicais que representam médicos e enfermeiros, esperam que a reunião de hoje sirva para estabelecer o protocolo negocial, ou seja, os termos e as matérias que serão alvo de negociação entre as duas partes.

Da parte dos médicos, os dois sindicatos envolvidos nas negociações – Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e Federação Nacional dos Médicos (Fnam) – já deram o prazo até final do ano para ser alcançado um acordo, adiantando que não abdicam de incluir no protocolo negocial matérias com a revisão das grelhas salariais e do sistema de avaliação, mas também a reposição das 35 horas semanais de trabalho e a integração dos internos na carreira médica.

Os representantes dos médicos pedem agora que o processo negocial com o novo Governo seja mais rápido, depois de as negociações que decorreram com o anterior executivo se terem prolongado por mais de ano e meio com dezenas de reuniões.