O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF) volta a reunir hoje com o Ministério da Saúde, depois de uma última reunião a 3 de janeiro.
A atualização da tabela remuneratória, que não é mexida desde 1999, é um dos temas em cima da mesa. Após uma das últimas reuniões, Henrique Reguengo, presidente do sindicato, afirmara que “há uma grande distância” entre o que os farmacêuticos necessitam e o que o governo está disponível para dar.
Neste sentido, ainda de acordo com o responsável, “temos 25 anos de atraso e por isso na atualização da grelha as nossas expectativas são altas e a margem do Governo é diminuta”, afirmou.
Sem essa revisão, Henrique Reguengo considera que não há qualquer fator da atratividade para os farmacêuticos irem para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), algo que já se está a refletir no SNS.
Segundo a agenda da área governativa da Saúde, emitida pelo Ministério da Saúde, a reunião será às 14h30.
Em resumo
Depois de reuniões com o Ministério da Saúde sucessivamente desmarcadas os farmacêuticos convocaram uma greve entre 22 e 24 de outubro, com uma adesão que rondou os 90%.
Depois desta paralisação, foi agendada nova reunião para 27 de novembro, que foi novamente adiada para 12 de dezembro, altura em que a tutela adiou mais uma vez o encontro, passando-o para hoje.
Os farmacêuticos exigem urgência na finalização do processo negocial, sublinhando a necessidade de uma proposta de grelha remuneratória que “reconheça plenamente as responsabilidades e a complexidade das funções” exercidas pelos farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde e apelam “a um compromisso e à boa-fé” dos ministérios da Saúde e das Finanças.
O sindicato refere que os farmacêuticos “enfrentam condições de trabalho degradantes”, sem qualquer perspetiva de evolução, o que obriga muitos destes profissionais a abandonar o SNS ou a emigrar.