Sindicato dos médicos critica prescrições por outros profissionais de saúde 12 de Setembro de 2016 A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) critica o novo diploma que regula o ato em saúde, opondo-se ao facto de «quase todos [os profissionais de saúde] passarem a poder diagnosticar e prescrever». No entender do sindicato dos médicos, esta premissa contribui para um «esvaziamento claro do Ato Médica e das competências técnico-científicas da profissão médica», lê-se numa notícia avançada pelo “DN”. Merlinde Madureira, presidente da comissão executiva da FNAM, explica ao “DN” que «a crítica é em que condições é que [os outros profissionais, nomeadamente os enfermeiros] podem fazer diagnóstico e prescrever. É verdade que todos os profissionais fazem diagnóstico, mas até onde podem ir?». Não existe «uma distinção clara entre o diagnóstico dos médicos e os outros. Quando se usam “termos vagos», afirma Merlinde Madureira. José Manuel Silva, bastonário da Ordem dos Médicos, reconhece que «provavelmente, nenhuma das ordens terá ficado totalmente satisfeita com o resultado final», mas acredita que o diploma «representa o equilíbrio possível entre todas as posições que debateram os limites e definições das suas profissões». Idealmente, explica, a definição do ato médico «seria mais extensiva». Reconhecendo que ficou surpreendido com o comunicado da FNAM, José Manuel Silva garante que não serão retiradas quaisquer competências aos médicos. «O veterinário também prescreve, mas medicamentos próprios para animais», exemplifica. |