Sindicato: Greve dos técnicos de diagnóstico perto dos 100% no Norte
22 de junho de 2018 A greve de hoje dos técnicos de diagnóstico e terapêutica está a registar «nos grandes hospitais da região Norte», uma adesão próxima dos 100%, disse à “Lusa” a dirigente sindical Alexandra Costa. «Os dados que temos dos grandes hospitais da região Norte indicam que a adesão durante a noite foi quase a 100%, rondando os 98%. Os números da manhã, ainda não os posso adiantar porque a mudança de turno ocorreu às 08:00», afirmou a dirigente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica. Segundo a responsável, «as áreas mais afetadas deverão ser as consultas externas, as colheitas e o RX», salientando que «durante a noite, no Hospital de São João ficaram só os serviços mínimos a funcionar». «Espera-se uma grande adesão destes profissionais que não estão a ser tratados consoantes os outros técnicos superiores da administração pública. O Governo encerrou as negociações, mas continua a não haver equidade entre as carreiras», sublinhou. Além de um dia de greve, os técnicos de diagnóstico e terapêutica realizam também hoje uma vigília em frente à residência oficial do primeiro-ministro, onde vão entregar um manifesto com milhares de assinaturas que apela à reabertura do processo negocial. Os sindicatos solicitaram, no dia 05 de junho, «uma negociação suplementar» face àquilo que é a lei e o enquadramento legal relativos à transição dos trabalhadores da atual carreira para a nova tabela e a contagem do tempo de anos de serviço na atual carreira, «mas até ao momento não houve nenhuma resposta por parte dos ministérios da Saúde e das Finanças». Os sindicatos pediram ainda a intervenção do primeiro-ministro, António Costa, que remeteu a questão para os dois ministérios. Perante este impasse, os técnicos de diagnóstico e terapêutica decidiram voltar hoje à greve, que se repete no 13 de julho. A partir de 01 de julho irão realizar uma greve às horas extraordinárias por tempo indeterminado. Para as 16:30, está marcada uma concentração junto à Assembleia da República, seguindo em marcha até ao Terreiro do Paço, residência oficial do primeiro-ministro, onde os profissionais vão ficar em vigília e entregar um manifesto ao primeiro-ministro. No documento, os técnicos de diagnóstico e terapêutica explicam que o manifesto representa «uma tomada de posição» junto do primeiro-ministro e visa que «o assunto seja discutido no seio do Governo no sentido de não se dar por encerrado» o processo negocial «de forma unilateral». Expõem ainda as suas reivindicações, entre as quais um ajuste da tabela salarial, a transição para novas carreiras e o descongelamento de escalões. |