Sindicatos: Redução nas dádivas de sangue deve-se à falta de trabalhadores 14-Mar-2014 Os sindicatos da Função Pública afirmam que a redução que se tem verificado nas dádivas de sangue se deve à falta de trabalhadores e apelam ao Governo que autorize a integração de pessoal no quadro do Instituto do Sangue. Segundo a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, apesar de o Instituto Português do Sangue (IPS) atribuir a quebra nas dádivas à gripe e à emigração, «existem outras causas para aquele abaixamento e que se prendem com o cancelamento e adiamento de operações de recolha de sangue cuja responsabilidade só pode ser imputada ao instituto». «Este facto tem por base a falta de pessoal, designadamente, técnicos de recolha de sangue, motoristas e outro pessoal que auxilia nas operações do IPS», afirma o sindicato em comunicado. Até há pouco tempo, além dos trabalhadores no quadro, «cada vez em menor número», o instituto tinha ainda alguns trabalhadores precários, entretanto despedidos em 31 de dezembro, revelou, citado pela “Lusa”. De acordo com a federação, o IPS perdeu 50 trabalhadores que garantiam as operações de recolha de sangue, o que obriga o instituto a ter contratos de aluguer com autocarros, porque não tem motoristas para conduzir as suas viaturas, e deixa sobrecarregados os funcionários efetivos, forçados a fazerem «constantes horas extraordinárias». Para os sindicalistas, o caso do IPS «comprova» que a política de cortes orçamentais do Governo «visa essencialmente degradar os serviços públicos e o seu funcionamento». «Deste modo, consideramos indispensável que o Governo autorize o imediato recrutamento para o quadro, de trabalhadores das categorias profissionais em causa, por forma a que seja ultrapassada esta indecorosa situação e reposta a normalidade na recolha de sangue no nosso país», defendem. |