
Ana Povo, secretária de Estado da Saúde, anunciou a existência de “um despacho quase finalizado”, relativo ao atendimento, nas farmácias, de situações clinicamente ligeiras que envolve as Ordens profissionais, a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) e a Direção-Geral da Saúde na implementação de protocolos para atendimento farmacêutico destas situações.
O Governo pretende ainda desenvolver “novas estratégias” que incluam a realização de “rastreiros oportunísticos” em farmácias comunitárias, principalmente para doenças sexualmente transmissíveis, como o VIH/sida e hepatites, revelou Ana Povo.
Dispensa em proximidade
A governante – que falava durante a tomada de posse dos órgãos sociais da Ordem dos Farmacêuticos (OF) que aconteceu hoje, em Lisboa (na sede da instituição) – começou, contudo, por afirmar que os farmacêuticos têm um papel transversal na sociedade, na comunidade, no hospital, na investigação, na regulação, na área militar, enquanto gestores e parceiros na implementação de políticas e saúde.
Ana Povo assegurou o compromisso do Governo com o desenvolvimento de políticas de proximidade, dando como exemplo uma das “medidas bandeira” anunciada pelo primeiro-ministro, para implementação do serviço de dispensa de medicamentos hospitalares em proximidade.
O novo serviço, segundo a secretária de Estado, já ultrapassou a fase piloto, sendo agora “implementado paulatinamente” em todo o território nacional, com o envolvimento de todos os intervenientes e um “trabalho conjunto de conciliação de sistemas informáticos”.
Outras medidas
Ana Povo lembrou ainda a comparticipação integral e acesso ao medicamento por cidadãos mais carenciados, que beneficiam do complemento solidário para idosos, bem como o papel determinante dos farmacêuticos para o aumento da cobertura vacinal contra a gripe sazonal e COVID-19 e os desafios associados aos problemas de escassez e ruturas de medicamentos.
A governante referiu ainda que a aprovação do novo regulamento de gestão da disponibilidade do medicamento vem reforçar o papel dos farmacêuticos hospitalares e comunitários neste domínio, estando igualmente previsto o alargamento de protocolos para substituição por farmacêuticos de medicamentos em situação de rutura.