O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos (SNF) manifestou-se nas redes sociais perante declarações do ministro da Saúde sobre os doentes oncológicos afetados pela greve dos farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde.
“Somos responsáveis e exigimos respeito”, escreveu o SNF, reiterando que os profissionais estão “há longos anos à espera que alguém fale com eles, cumprindo sempre escrupulosamente a sua missão”. Manuel Pizarro pediu esta quarta-feira desculpas aos doentes oncológicos que terão visto adiado seu início de tratamento em função da greve. “Não esquecemos os nossos deveres nem guardámos a nossa ética na gaveta”, diz o SNF.
No segundo dia de greve convocada pelo SNF, Manuel Pizarro apelou ao “compromisso ético dos farmacêuticos” do SNS, considerando que “os doentes oncológicos não podem ser usados num processo de luta laboral, seja qual for esse processo e a sua legitimidade”. “Naturalmente, lamento profundamente que alguns doentes oncológicos tenham visto adiado o início do seu tratamento em função da greve dos farmacêuticos”, afirmou.
“A oncologia é uma área muito sensível, para a qual temos sempre exigido mais recursos humanos e melhores condições de trabalho para os profissionais bem como de segurança para os doentes”, reiterou o SNF numa outra publicação. O Sindicato explicou ainda que a greve dos farmacêuticos “é também pela defesa do SNS e da qualidade dos atos prestados” e que “nenhum tratamento será posto em causa”.
Além da valorização profissional e da contagem integral do tempo de serviço no SNS para efeitos de promoção e progressão na careira, o sindicato exige também a vinculação efetiva dos farmacêuticos a exercer no Serviço Nacional de Saúde (SNS) com contratos precários e a adequação do número de profissionais às reais necessidades e complexidade das atividades desenvolvidas.
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