14 de Agosto de 2014
A Sociedade Portuguesa de Estomatologia e Medicina Dentária (SPEMD) disse ontem não ter motivos para desaconselhar produtos que contenham triclosan «nas concentrações permitidas», depois de uma notícia envolvendo o eventual perigo desta substância.
«Com base na informação científica disponível atualmente, a SPEMD não considera haver motivo para desaconselhar a população a utilizar produtos que contenham triclosan nas concentrações permitidas e que sejam utilizados de acordo com as indicações dos fabricantes», revela a SPEMD, em comunicado enviado para a agência “Lusa”.
Antes, o INFARMED havia já informado que a quantidade da substância triclosan contida na pasta de dentes Colgate Total não é perigosa para a saúde, segundo as normas europeias.
A utilização de triclosan, uma substância que aumenta o risco de cancro, «é permitida e segura» desde que não se ultrapasse uma determinada concentração, afirmou o INFARMED.
O alerta de uso excessivo desta substância no dentífrico foi dado pela “Bloomberg News”, que explica que a agência de notícias teve acesso a um relatório do regulador americano do medicamento em que eram postas em causa várias características do dentífrico.
O INFARMED garantiu que a quantidade de triclosan presente nas embalagens não é prejudicial à saúde: «A legislação europeia relativa aos produtos cosméticos especifica uma concentração máxima de 0,3% em relação à utilização de triclosan como conservante. Este valor é considerado seguro pelo Comité da Segurança dos Consumidores da Comissão Europeia em pastas dentífricas, sabonetes de mãos, sabonetes corporais/geles de banho, desodorizantes, pós faciais e cremes corretores».
A “Lusa” confirmou que a pasta de dentes em causa tem uma concentração de 0,3% de triclosan, podendo por isso «ser disponibilizada no mercado europeu», disse o INFARMED.