A Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica (SPAIC), emitiu um comunicado a propor que a vacina da Pfizer-BioNTech para a covid-19 não seja administrada a pessoas com antecedentes de reações alérgicas graves, apesar de reconhecer que estas reações às vacinas são raras.
A SPAIC indica, que apesar das informações disponíveis da EMA e FDA sobre sobre os casos em que terão ocorrido reações alérgicas suspeitas à vacina contra a covid-19, “as reações alérgicas são raras. As reações mais graves (reações anafiláticas) ocorrem em menos de 1/100 000 indivíduos”.
A SPAIC acrescenta que “não se supõe existir um risco acrescido de efeitos adversos à vacina em doentes asmáticos, com rinite alérgica ou com eczema”, contudo propõe que “a vacina Pfizer-BioNTech para a covid-19 não seja administrada em doentes com antecedentes de reações alérgicas graves a vacinas, e que a relação risco-benefício seja avaliada por um Imunoalergologista nos casos de anafilaxia prévia a medicamentos, alimentos, latex, venenos de himenópteros e ainda nos casos de anafilaxia idiopática, síndromes de ativação mastocitária e imunodeficiências primárias”.
Segundo a Sociedade de Alergologia, “as vacinas para o SARS-CoV-2 só deverão ser administradas em Unidades de Saúde onde existam profissionais devidamente treinados e meios adequados para o tratamento de eventuais reações alérgicas. Deverá ser respeitado um período de vigilância de 30 após a administração da vacina”.
“Os Imunoalergologistas estão disponíveis para investigar todos os doentes com reações alérgicas graves às vacinas para o SARS-CoV-2 que venham a estar disponíveis em Portugal”, adianta.
A SPAIC termina por indicar que “pela sua experiência no diagnóstico, tratamento e orientação de doentes com doença alérgica, a SPAIC apresenta a sua disponibilidade para colaborar e prestar consultadoria científica à Direção Geral de Saúde, ao Infarmed, aos Coordenadores do “Plano de vacinação contra a COVID-19” e às restantes autoridades de saúde nacionais”.