SPC premeia investigação associada à sépsis 22 de Abril de 2015 Um grupo de investigadores portugueses está a estudar o papel de uma substância na cardiomiopatia associada à sépsis, ou infeção generalizada, um elemento que pode vir a contribuir para o tratamento e redução da mortalidade nestes casos. Esta investigação clínica, que pretende apurar o papel do microRNA-155 na cardiomiopatia séptica, uma das principais causas de admissão nos serviços de cuidados intensivos, foi distinguido pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), com o Prémio Sanofi Cardiologia deste ano. O trabalho vencedor, que conta com a intervenção de Catarina Quina-Rodrigues, Francisco Vasques-Nóvoa, Rui Cerqueira, Adelino Leite-Moreira e Roberto Roncon-Albuquerque Jr, investigadores na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, no Hospital de Braga e no Centro Hospitalar S. João, foi conhecido no decorrer do XXXVI Congresso Português de Cardiologia. «Nos doentes que têm uma infeção generalizada, aquilo que as pessoas conhecem como sépsis ou septicémia, há associada uma falência do coração», ou seja, a cardiomiopatia séptica que aparece como consequência do estado de infeção, explicou ontem à agência “Lusa” Maria José Loureiro, da direção da Sociedade Portuguesa de Cardiologia. Esta «é uma das principais causas de admissão nas unidades de cuidados intensivos e esta cardiomiopatia séptica, isto é, a disfunção cardíaca secundária à sépsis, é também causa de morte nos indivíduos» com a infeção, referiu a especialista da Sociedade Portuguesa de Cardiologia. Maria José Loureiro avançou que o trabalho de investigação «pretendia exatamente apurar qual era o papel de um alvo promissor específico no tratamento», o microRNA-155, que «apresenta um valor elevado quando existe cardiomiopatia séptica». Os resultados a obter com este trabalho podem contribuir para reduzir a mortalidade nos casos de sépsis, salientou. A Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) atribui um conjunto de prémios a investigadores portugueses na área da medicina cardiovascular. O Prémio Sanofi Cardiologia é o mais antigo, sendo esta a sua 46.ª edição, e tem como objetivo distinguir um trabalho que se tenha destacado na área da investigação clínica. |