19 de Maio de 2015 A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) revelou que o acesso aos medicamentos não é igual para todos os utentes. «O problema é que as farmácias hospitalares fornecem [medicamentos] para algumas doenças e para alguns doentes e inexplicavelmente não fornecem para outras doenças e outros doentes. Isto não há doentes de primeira e doentes de segunda», explicou o vice-presidente da SPG, José Cotter. Para quem sofre de doença inflamatória intestinal é obrigatória uma consulta num hospital público, mas, noutras doenças, dermatológicas ou reumatológicas por exemplo, a prescrição pode ser feita pelo médico assistente. Nestes casos, o paciente tem apenas que levantar os medicamentos na farmácia do hospital público mais próximo. Este responsável fala de uma situação profundamente injusta. «Cerca de 30% dos doentes com doença inflamatória intestinal têm terapêutica biológica para ter um quotidiano tão próximo quanto possível do normal e os doentes, neste momento, estão severamente prejudicados face a outros cidadãos que precisam da mesma medicação», explica. «Existem doenças, como é o caso das reumatológicas ou das dermatológicas, em que os pacientes têm acesso à medicação no seu médico especialista, trabalhe ele no sistema público ou trabalhe ele no sistema privado», acrescenta. Segundo avançou a “Renascença”, o pedido para que a lei seja alterada está no Ministério da Saúde há vários meses, mas até agora sem resposta. |