SPO: Medicamentos oncológicos que tiram qualidade de vida devem ser penalizados na avaliação
26 de outubro de 2017 Numa entrevista ao jornal “Público”, a presidente da Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO) questionou se é aceitável chamar de boa terapêutica um tratamento eficaz no combate ao cancro, mas que deixa o doente em casa debilitado durante meses. «É completamente diferente termos um doente que está a fazer um tratamento e tem que ficar em casa, bastante limitado, com alterações da sua condição física e termos doentes que mantêm a sua vida laboral ativa», explicou Gabriela Sousa, defendendo que «se as pessoas perdem qualidade de vida isso tem que penalizar mais a avaliação dos medicamentos e terapêuticas». «O custo do medicamento não pode ser encarado só como aquilo que o Estado paga, mas o valor social que tem», concluiu, propondo, em relação aos medicamentos que venham a ser introduzidos no mercado, que se avalie a realidade do doente, através de inquéritos acerca da sua qualidade de vida realizados durante o tratamento. |