Suspeitas de burla ao SNS: Três dos quatro arguidos ficaram em prisão preventiva 14-Fev-2014 Três dos quatro arguidos do mais recente caso de suspeitas de burla ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) ficaram presos preventivamente, segundo decidiu ontem o juiz Carlos Alexandre do Tribunal Central de Instrução Criminal. Um médico, um delegado de informação médica e um técnico de farmácia (que ainda pode ficar em prisão domiciliária) vão aguardar o desenrolar da investigação na cadeia. As prisões preventivas foram pedidas pelo procurador do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, revelou o “Diário de Notícias”. O quarto arguido, outro farmacêutico, ficou impedido de viajar para o estrangeiro, proibido de contactar os outros suspeitos e obrigado a apresentar-se periodicamente no posto policial da sua área de residência. Para além da burla ao SNS, que passaria pela emissão de receitas falsas, os quatro são suspeitos de gerirem um esquema de produção e tráfico de droga. Na operação da Unidade Nacional Contra a Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária, denominada “Não há remédio” e que envolveu onze buscas domiciliárias e não domiciliárias, foi apreendido material relacionado com os crimes em investigação e os inspetores descobriram ainda uma estufa na residência de um dos suspeitos. «Uma unidade de produção de canábis», adiantou a PJ em comunicado. Segundo um comunicado da Judiciária, «a atividade criminosa, que remonta ao início do ano de 2012, consistia na apresentação de receituário falso referente a medicamentos com elevada taxa de comparticipação, bem como na prescrição de opiáceos utilizados como analgésico estupefaciente sujeito a prescrição médica e, desta forma, obter importantes vantagens financeiras, em prejuízo do erário público». |