Dominique Jordan, presidente da FIP, foi uma das figuras mais ilustres a marcar presença no 14.º Congresso das Farmácias, no Centro de Congressos de Lisboa. À margem do evento, o suíço dispensou alguns minutos ao Netfarma, começando desde logo por destacar a prenda que o ministro da Saúde Manuel Pizarro levou ao Congresso e entregou a Ema Paulino, presidente da ANF: um despacho que isenta as farmácias comunitárias das taxas de registo e contribuição regulatórias por parte da Entidade Reguladora da Saúde.
Sobre este tema, Jordan disse ter sido “muito interessante ouvir o ministro e perceber que estão disponíveis para ajudar as farmácias”. A situação tem como causa, também e segundo o responsável, o facto de durante a “pandemia covid-19 as farmácias terem a confiança para fazerem um bom trabalho”.
“Isto é um resultado de todo o trabalho das equipas das farmácias, que têm agora resultados do investimento que fizeram”, disse ainda.
Dominique Jordan: “Se as farmácias forem necessárias reagem rapidamente” [exclusivo]
Já sobre os maiores desafios da Farmácia na Europa e em Portugal, o presidente da FIP destacou serem “desenvolver as farmácias para continuarem a servir a população, visto que existem muitos desafios como a falta de médicos e o envelhecimento da população”. “Todos estes problemas saem caro à sociedade”, garantiu, destacando ainda que “não é um problema desenvolver novos serviços nas farmácias porque se viu também durante a pandemia que se as farmácias forem precisas, reagem rapidamente e são flexíveis”.
“Mas a sustentabilidade e a remuneração adequada pelo que é feito serão também grandes assuntos no futuro. Espero que todos os futuros serviços na farmácia sejam considerados pelo governo e pelos seguros de saúde como um investimento na saúde da população. Por exemplo, se as farmácias puderem prolongar prescrições, sem haver interrupções, porque se não houver consulta com médico não há medicamentos, é bom para o sistema de saúde. Na Suíça podemos prolongar durante um ano até à próxima consulta e foi positivo para o sistema de saúde e para os pacientes”, finalizou.