SYNLAB deteta casos da variante brasileira em Portugal 283

A SYNLAB detetou três casos da variante brasileira (P1) do SARS-CoV-2 em Portugal. A confirmação foi efetuada hoje pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge após análise, por sequenciação do genoma, das amostras enviadas pela SYNLAB na passada terça-feira, dia 16. Os casos foram identificados na região da Grande Lisboa.

A variante brasileira apresenta diversas mutações e só é detetada em amostras de doentes positivos para COVID-19, através de uma tipologia de teste RT-PCR dirigido aos genes mutados por esta variante. A SYNLAB procede a análises dirigidas às variantes brasileira, sul-africana e do Reino Unido em cada amostra positiva de COVID-19.

Conhecida por uma elevada capacidade de transmissão – cerca de 50% mais contagiosa – a variante brasileira acaba por ser mais resistente a anticorpos, provocando casos de doença grave e com um quadro clínico caracterizado por complicações mais severas. Atinge maioritariamente pessoas de faixas etárias mais novas.

Laura Brum, diretora clínica da SYNLAB, explica esta nova descoberta “Três casos da variante Brasileira P1 de Manaus, identificados pelo nosso Laboratório SYNLAB, foram hoje confirmados pelo INSA. Esta variante, tal como as restantes conhecidas, resulta de uma evolução muito rápida do vírus e de uma maior adaptação ao hospedeiro. É isso que as torna mais transmissíveis. No caso específico da variante brasileira, a sua característica principal assenta no facto de as suas mutações interferirem com a capacidade de reação aos anticorpos naturais. Alguns estudos demonstram ainda a falha de atuação dos anticorpos às vacinas perante esta variante, pelo que já se fala de uma segunda geração de vacinas. Vamos continuar a trabalhar na identificação de variantes do SARS CoV-2, em colaboração com as autoridades de saúde e o Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge.”

O INSA anunciou ainda a deteção de mais quatro casos desta variante em Portugal, totalizando sete confirmações. A variante brasileira foi detetada pela primeira vez no Japão, no início de janeiro, em pessoas provenientes da cidade de Manaus (Brasil).