A Takeda divulgou um comunicado a indicar que “iniciou o desenvolvimento de uma globulina hiperimune policlonal anti-SARS-CoV-2 (H-IG) para tratar pessoas de alto risco com covid-19”. Para além disso, “está a estudar se os medicamentos que atualmente comercializa podem ser eficazes para doentes infectados”.
Estas “globulinas hiperimunes são terapêuticas derivadas de plasma que já demonstraram ser eficazes no tratamento de infecções respiratórias virais agudas graves e podem ser uma opção de terapêutica para o covid-19”.
Segundo Pedro Sá, Head Hematology da Takeda, “as terapias derivadas do plasma são medicamentos essenciais, que salvam vidas, dos quais milhares de pessoas com doenças raras e complexas dependem todos os dias em todo o mundo”.
“As terapias derivadas de plasma são essenciais para o tratamento de doentes com uma variedade de doenças raras, com risco de vida, complexas e genéticas, para as quais existem poucas ou nenhuma outra opção de tratamento. O plasma é a parte líquida clara do sangue que permanece após a remoção dos glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. O plasma tem vários componentes com diferentes usos clínicos. (…) a investigação na indústria farmacêutica está em desenvolvimento para avaliar o potencial valor terapêutico do plasma em novas doenças”, explica na nota divulgada.
Neste momento a Takeda está em conversações com várias agências reguladoras e de saúde nacionais e parceiros de assistência médica nos EUA, Ásia e Europa para ter acesso à fonte de plasma de pessoas que recuperaram com sucesso do covid-19, para estudarem os anticorpos criados de modo a preveni-lo.
Para além disso, a Takeda tem como prioridade estudar se os medicamentos e as moléculas que comercializa podem ser candidatos viáveis ao tratamento eficaz do covid-19.
Até o momento, não existem vacinas ou terapias aprovadas para prevenir ou tratar o covid-19.