Técnicos de diagnóstico e terapêutica marcam greve nacional para 24 e 25 de maio
03 de maio de 2018 Os técnicos de diagnóstico e terapêutica agendaram ontem dois dias de greve nacional para 24 e 25 de maio, anunciou à “Lusa” o presidente de uma estrutura sindical. Almerindo Rego, do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, disse que as quatro estruturas sindicais estiveram reunidas com o Governo no Ministério da saúde, não tendo chegado a acordo sobre «as matérias em aberto». «Não houve acordo nas matérias relativas às tabelas salariais, transições para nova carreira e sistema de avaliação. A proposta do Governo coloca-nos numa posição salarial pior do que aquela em que estamos atualmente», afirmou o sindicalista. As quatro estruturas sindicais decidiram marcar dois dias de greve nacional para este mês, sendo que o dia 25 coincide com a paralisação dos trabalhadores da saúde, agendada pelos sindicatos afetos à CGTP. Os sindicatos dos trabalhadores da saúde afetos à CGTP vão estar em greve no dia 25 de maio, uma paralisação que não abrange médicos nem enfermeiros. Técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica concentram-se em Coimbra no mês passado contra a falta de reconhecimento por parte do Governo, considerando que a tutela quer criar uma carreira que não traduz a realidade da profissão. No ano passado, sindicatos e governo chegaram a acordo, em novembro, pelo que estes profissionais decidiram suspender uma greve que durou 24 dias. Após 23 dias de greve, os sindicatos que representam os técnicos superiores das áreas de diagnóstico e terapêutica reuniram-se com a tutela. Mais de 200.000 utentes foram afetados pela paralisação dos serviços, durante a qual os profissionais protestaram frente a hospitais em Lisboa, Porto e Coimbra. Os principais efeitos da greve sentiram-se no adiamento de exames de rotina, mas também nas consultas externas. Um dos protestos foi realizado a 09 de novembro no Porto por cerca de 100 técnicos de diagnóstico e terapêutica, em greve por tempo indeterminado desde 02 de novembro, para reivindicar a regulamentação da carreira profissional que esperavam há 18 anos. Iniciativa idêntica aconteceu no mesmo dia em Coimbra, junto aos Hospitais da Universidade, com os manifestantes a exigirem «dignidade e igualdade», o mesmo se passando em Lisboa, frente ao Hospital de Santa Maria. O protesto levou à intervenção do primeiro-ministro, António Costa, que prometeu aos manifestantes que iria falar com o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e com o ministro das Finanças, Mário Centeno, sobre as reivindicações. |