Tempos de espera nas urgências já chegam às 12 horas 05 de Janeiro de 2016 Apesar de ainda se estar longe do pico da gripe, os tempos de espera nas urgências de vários hospitais do país estão a alcançar as 12 horas e os serviços de internamento também estão a ficar sem camas disponíveis, obrigando algumas unidades de saúde a enviar doentes para outros hospitais. Ontem, esperava-se grande afluência de doentes por ser segunda-feira e por ser a sequência de quatro dias de fim de semana prolongado, em que tradicionalmente se tenta ir menos aos serviços. Em Viseu, a triagem demorava uma hora e em Faro «os doentes verdes esperam cerca de sete horas. Está mesmo muito complicado», disse um profissional. Em Évora, fonte do gabinete de comunicação admite que «tem havido capacidade de internamento. No entanto, a afluência tem sido grande, o que se repercute nos tempos de espera». Um administrativo precisou: «A urgência está muitíssimo complicada. Os doentes azuis [menos urgentes] têm de esperar doze horas». Também na área metropolitana de Lisboa, há registo de constrangimentos no Garcia de Orta, sem problemas no internamento mas com quatro horas de espera para os casos menos urgentes. No Centro Hospitalar Barreiro, segundo um médico, havia «seis horas de espera para os doentes menos urgentes», ainda assim metade do tempo de há duas semanas. «Havia 40 doentes em banco à tarde e já depois de um conjunto de medidas tomadas para aliviar os serviços, como a abertura de mais 18 camas», noticiou o “DN”. Uma delas foi a contratação de médicos a 42 euros à hora, «autorizada pela tutela. Há médicos pagos por esse valor, alguns dos quais são internos, o que é lamentável porque os clínicos da unidade recebem cerca de 20», refere. |