Trabalhadores da Saúde 24 marcham segunda-feira pelo fim dos cortes e coações 09-Jan-2014 Os colaboradores da Linha Saúde 24 marcaram para segunda-feira uma marcha em Lisboa pelo «fim das coações, reduções salariais, falsos recibos verdes e despedimentos» neste serviço, informou hoje a comissão informal de trabalhadores. Em comunicado, esta comissão justifica o protesto «perante o silêncio por parte de vários dos responsáveis públicos interpelados» que acusam de tentar impor-se «à voz ruidosa dos trabalhadores que exigem dignidade, condições de trabalho legais e um serviço público de qualidade». No passado sábado, cerca de metade dos funcionários deste serviço não trabalhou, em protesto contra a proposta da administração da empresa concessionária (LCS) de redução do valor pago por hora. A comissão acusa a Autoridade para Condições de Trabalho de continuar «sem realizar uma inspeção urgente nos call centers da Linha Saúde 24, num contexto de inequívoca ilegalidade». «Não compreendemos se a defesa do vínculo laboral legal e justo e a defesa do trabalho digno estão a ser preteridas quando confrontadas com as consequências para a empresa da denúncia das várias ilegalidades que abrangem 400 enfermeiros que suportam esta parte integrante do Serviço Nacional de Saúde (SNS)», lê-se no comunicado citado pela “Lusa”. Segundo esta comissão informal, a LCS «insiste no despedimento de trabalhadores e mantém reuniões individuais diárias de persuasão, para que aceitem o corte proposto de cerca de 40-45% na remuneração». «Os trabalhadores da Saúde 24 não se resignam ao silêncio e mantêm-se intransigentes na defesa do direito ao trabalho digno e legal, mesmo perante situações dramáticas de dificuldades familiares que vão surgindo, fruto do contexto económico-social de crise permanente no país», adianta o documento. A marcha dos trabalhadores vai realizar-se entre a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e o Ministério da Saúde. |