Trabalhadores da saúde afetos à CGTP em greve no dia 25 de maio
30 de abril de 2018 Os sindicatos dos trabalhadores da saúde afetos à CGTP vão estar em greve no dia 25 de maio, uma paralisação que não abrange médicos nem enfermeiros. Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública, disse à agência “Lusa” que a greve nacional de 24 horas abrange todo o pessoal da saúde, excetuando médicos e enfermeiros. Os trabalhadores reclamam a aplicação das 35 horas de trabalho semanais para todos os trabalhadores com contratos individuais de trabalho (cerca de 75 mil funcionários) e pretendem também negociar uma carreira para os assistentes operacionais, «que são os únicos sem uma carreira específica». Segundo Ana Avoila, também a carreira dos técnicos de diagnóstico e terapêutica «ficou aquém do que é justo». Os trabalhadores pretendem ainda um «aumento geral dos salários» e a abertura de concursos na área da saúde, queixando-se da falta de pessoal, que leva os trabalhadores a «um ritmo de trabalho muito pesado». Ana Avoila reclamou ainda mais investimento nos serviços públicos de saúde, considerando que o anterior Governo «delapidou os serviços» e que o atual executivo «não tem resolvido nem investido, deixando piorar a situação» na saúde. O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap) também já anunciou uma greve dos trabalhadores do setor público da Saúde para quarta e quinta-feira. De acordo com o pré-aviso, estão abrangidos os trabalhadores, exceto médicos e enfermeiros, que trabalham nos serviços tutelados pelo Ministério da Saúde, como os hospitais, que «sentem forte indignação pela degradação crescente das suas condições de trabalho». Os trabalhadores do Sintap reivindicam a aplicação do horário de trabalho de 35 horas semanais, progressão de carreira, dignificação das carreiras da área da saúde, reforço de recursos humanos, pagamento de horas de trabalho extraordinário, e a aplicação do subsistema de saúde ADSE (para funcionários públicos) a todos os trabalhadores. E querem ainda «a celebração de acordo coletivo de trabalho para os trabalhadores do contrato individual de trabalho, de forma a conferir-lhes um regime de carreira, em condições de igualdade com os colegas». Quanto aos médicos, os dois sindicatos têm uma greve nacional de três dias marcada para dias 8, 9 e 10 de maio. |