Trabalhadores do INEM exigem demissão de presidente do instituto 08 de Junho de 2015 O Sindicato dos Técnicos de Ambulâncias de Emergência exigiu hoje a demissão do presidente do INEM, Paulo Amado de Campos, na sequência do conflito laboral naquele instituto, com a recusa ao trabalho em horas extraordinárias.
«A única solução para o conflito é a demissão do presidente do INEM», disse à “Lusa” o presidente do sindicato, Ricardo Rocha, no início de uma vigília em frente à sede do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), em Lisboa.
A vigília foi convocada pelos técnicos de emergência (TE) do INEM, pelas redes sociais, como resposta a um comunicado emitido pelo instituto, segundo o qual «estão já a ser implementadas medidas para que todas as necessidades [de recursos humanos] sejam colmatadas».
No domingo à tarde, em declarações à “Lusa”, Rui Gonçalves, da Comissão de Trabalhadores (CT) do INEM, disse que a vigília, «em defesa dos postos de trabalho e da dignidade profissional», conta com a solidariedade da comissão e disse ter indicação da presença na vigília de pelo menos 150 pessoas, algumas das quais do Porto, de Coimbra e do Algarve.
Os técnicos do INEM convocaram a vigília contra a degradação das condições de trabalho e recusam fazer turnos extras.
Já esta noite, em comunicado enviado à “Lusa”, o INEM garantiu que a emergência médica está assegurada hoje em Lisboa e que participará ao Ministério Público de quem contribuir para colocar em risco o socorro urgente a pessoas.
Todos os meios de emergência médica do INEM estarão operacionais em Lisboa entre as 08:00 e as 24:00, assegura-se na nota.
«O INEM tem envidado todos os esforços no sentido de manter a qualidade, eficiência e rapidez de atendimento no serviço público que presta às populações apesar de se confrontar com alguns constrangimentos ao nível dos recursos humanos agravados pela orientação do Sindicato dos Técnicos de Ambulância de Emergência para que os seus associados não mostrassem disponibilidade para fazer horas extraordinárias pagas conforme legislação em vigor», afirma o instituto.
Segundo o INEM, «existem mesmo SMS que incentivam ao absentismo e ao abandono do serviço, depois de iniciado, através de mecanismos diversos e abundantemente sugeridos».
O instituto recorda que tais «comportamentos não podem ser tolerados na Administração Pública» por revelarem «falta de profissionalismo» que poderá colocar em risco o atendimento emergente.
Nesses casos, o INEM participará ao Ministério Público todos os que contribuam para «colocar em risco o socorro urgente a pessoas». |